sábado, 13 de abril de 2013

H7N9 - a nova versão da influenza aviária


Olá pessoal,

Estaremos na iminência de uma nova pandemia? Bem, enquanto não for comprovada a transmissão humano-humano do Influenza A(H7N9) ainda há podemos seguir tranquilos. A China está sob alerta geral e não podemos deixar de acompanhar a eco-evolução deste importante evento epidemiológico!

Pelo HealthMap podemos acompanhar as notificações conforme notícias são veicuçadas na mídia (internet) mundial, tanto da Influenza Aviária (geral) quanto da Influenza A(H7N9) e outras enfermidades. O HealthMap é provido pelo ProMED - ISID, que divulga informações sobre doenças no mundo todo e você pode assinar o conteúdo (incusive em portugês!) e receber por e-mail as notificações, inclusive com os comentários dos moderadores.

Abaixo, o mapa da Influenza A(H7N9) ainda restrito à China (obtido hoje, 13 de abril de 2013, ao meio-dia GMT-4). A seta amarela indica o campo de busca e a seta vermelha indica o link para os alertas recentes sobre influenza aviária, que resulta no mapa seguinte:




Ainda não assinou o ProMed-port?? Assine lá: http://www.promedmail.org/pt

Segue abaixo na íntegra a nota publicada no site do Ministério da Saúde - Portal da Saúde em 11/04:

Data de Cadastro: 11/04/2013 as 16:06:12 alterado em 11/04/2013 as 16:06:12
Atualização de informações sobre o vírus Influenza A H7N9 na China  
   Em 31 de março de 2013, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recebeu a notificação da China informando a ocorrência de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) pelo vírus de Influenza A (H7N9). Este vírus pertence a um subgrupo de um grande grupo de vírus H7, que normalmente circula em aves.
    Já havia descrição de casos de Influenza humana por vírus do grupo H7 anteriormente no mundo, com casos humanos simultâneos a surtos em aves e sem transmissão inter-humana - os vírus isolados foram H7N2, H7N3 e H7N7.
    A atual identificação feita na China é a primeira em que se identifica H7N9 e, diferente dos outros vírus H7 já isolados anteriormente, os casos recentes tem maior gravidade.
   Os casos notificados, até o momento, ocorreram em quatro províncias do leste da China, com maior predominância em Shangai, não se identificando vínculo entre eles. Seiscentos contatos dos casos registrados até o momento estão sob observação, não tendo sido identificado o desenvolvimento da doença em nenhum desses contatos nem nos profissionais de saúde que os assistiram. Não há evidência, até o momento, que possa ocorrer transmissão sustentada de uma pessoa para outra.
    A fonte de infecção ainda é desconhecida, assim como o modo de transmissão. Uma das principais hipóteses é que tenha se originado em aves, a partir de contato direto das pessoas com os animais - o que pode ocorrer nas condições dos mercados de aves vivas que são frequentes em países da Ásia, como a China. Não há possibilidade de transmissão pela ingestão de carne de frango cozida de maneira adequada. Não foi identificada associação com o surto de influenza em animais. Foram identificados casos em aves de três mercados em Shangai (entre os dias 4 e 5 de abril). Assim, foi adotada medida rotineira, quando se encontra vírus de influenza em aves, do sacrifício das aves, já realizado em um dos estabelecimentos.
    Até 10 de Abril de 2013, foram confirmados 28 casos, sendo o último em 03 de Abril, com 09 óbitos, 14 casos graves e 05 casos leves.
    Estudos iniciais apontam que o H7N9 é sensível aos antiviraisoseltamivir e zanamivir.
    Atualmente, ainda não há vacinas disponíveis para H7N9. A OMS está trabalhando com centros de pesquisa para desenvolver vacina para este subtipo viral.
    A Organização Mundial da Saúde tem acompanhado todas as ações desenvolvidas pelo governo chinês e compartilha com os Ministérios da Saúde do mundo inteiro, diariamente, as novas informações.
    O Ministério da Saúde avalia essas informações para adotar as medidas preventivas que se façam necessárias. Pelas características do vírus, a OMS mantém a recomendação do estado de vigilância na China, no entanto não há recomendações de restrição de viagem ou comércio dos demais países com relação à China. O Brasil não importa aves da China e a fiscalização em portos e aeroportos já é realizada para impedir que qualquer produto originário de aves chegue ao nosso país.

Mais info:
Vale muito visitar a página da WHO sobre a infecção humana pelo H7N9, que desde traz informações básicas até os relatórios atualizados da incidência da doença.

Mais infromações podem ser obtidas pelo site do CDC, que disponibiliza uma página exclusivamente para divulgar informações sobre a H7N9.

Como informação extra, segue uma reportagem publicada pelo Foreign Policy (EUA) no dia 01 de abril - quando a "bomba estourou". Disponível aqui.

Vamos acompanhando a evolução da coisa!

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